quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A todos... Um Feliz Natal!!!

Espírito de Natal

'Natal é um estado de espírito'... Este é o slogan que anda por aí em toda a cidade!
Bem verdade, pensamos nós, mas o que vemos, na realidade, é uma correria desenfreada às lojas, até ao último minuto, na busca do presente perfeito para determinada pessoa (e sempre falta alguém...).
Aqui por Genève vive-se pouco o espírito natalício (poucas luzinhas, nenhuns presépios, lojas pouco decoradas, em horário normal, as mesmas caras cinzentas e apagadas nos rostos de quem se vê pela rua, e sem música). Que saudades de ouvir as musiquinhas de Natal!!!
Contudo, deixa-nos espaço à reflexão e a saudade do verdadeiro espírito de Natal: Jesus, a família reunida, o calorzinho da lareira, os postais que já ninguém manda, os sms que chegam de todo o lado (mesmo aqueles com mensagens 33 que toda a gente envia), o nervoso dos miúdos contando os minutos para a chegada do Pai Natal e, também, porque não, o belo do bolo-rei.
Por isso, neste Natal, gostaria de enviar-vos o 'espírito de Natal'... lembrem-se da família, dos amigos, com ou sem prendas, e sobretudo de Jesus e daquilo que se celebra nesta época!
Eu lembrar-me-ei de todos vós, com certeza :)
A todos desejo que passem a época natalícia na companhia de quem mais desejarem, rodeados numa atmosfera de amor e paz.
Deixo-vos o meu carinho e um simpático vídeo com os meus desejos de um Natal Feliz e Próspero Ano Novo....
http://elfyourself.jibjab.com/view/6TvoNx2zRc8D8LmW3OEI

bjs

O prazer de nos superarmos

Os receios são como bolas de neve dentro de nós, que vão crescendo e se alimentando do nosso próprio medo de algum dia os podermos perder...
Quem não tem receio de algo? Quem já não sentiu as pernas tremer perante uma situação, por mais simples que seja? É fácil ter receio, muito fácil mesmo... o difícil é sairmos dele!
Existem dentro de nós, consomem a energia que colocamos na sua existência e no pensamento inibidor da sua destruição e julgamos que nos acompanharão para sempre, até porque são muito maiores do que a nossa capacidade de os superarmos.
Mas, verdade seja dita: se eles existem, é porque nós os criamos e alimentamos. Por isso, cabe a nós dar cabo deles na hora em que assim o desejarmos ;) Temos a tarefa, árdua, diga-se, de gerir os nossos próprios receios e mostrar-lhes que, se quisermos, eles não passam disso mesmo e tornam-se pequeninos, fracos, como os primeiros flocos de neve, podendo até mesmo desaparecer de uma forma tão ou quase mais veloz de como apareceram na nossa vida.
Pois bem, também eu tenho receios, alguns até nem sei que tenho, mas este de que falo hoje, coitado, neste momento é tão pequenino que quase já não existe. Contudo, convém que ainda cá esteja, para poder olhá-lo com o devido respeito e satisfação de quem já quase é maior do que ele.
Depois de uma experiência algo traumatizante numa iniciação mal conduzida ao ski, fiquei com receio, muito receio de repetir... bem vistas as coisas, mesmo antes de experimentar, esse receio já existia, morava em mim, impedindo-me de ser bem-sucedida em qualquer que fosse a experiência. Mas a vontade de superá-lo foi maior, mais forte, e por fim venceu! (amanhã posso arrepender-me disso, mas enquanto não, há que aproveitar...).
Repetida a experiência, desta vez em harmonia com o meu desejo de experimentar e chegar mais além, em ambiente descontraído, finalmente consegui deslizar naquele par de skis ameaçadores da integridade física de qualquer um ;) e asseguro-vos que o sabor da realização é bem melhor do que o das lágrimas da frustração.
Desta vez, mesmo com as mãos geladas e as pernas a tremer perante aquela descida que parecia não ter fim, lá fui subindo e descendo, ganhando a partida e o prazer da chegada (até já com disposição para experimentar um 'tombozinho').
Digo-vos: é giro, e vou repetir!
Será que não podíamos resolver assim todos os nossos receios? será que, sendo todos criação do nosso próprio ser, não cabe a nós geri-los como entendermos? talvez valha a pena pensarmos nisto...
bjs

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Mais um fim-de-semana fantástico


Foi com alegria e boa disposição que acolhemos a família Martins aqui por terras helvéticas...
Mais uma vez o tempo ajudou e trouxe-nos o melhor clima para cada situação: um nevão em Megève, sol em Montreux e muito frio por Genève.
Que bom que é passear em boa companhia... Megève continua maravilhosa em todo o seu esplendor, ainda mais com o nevão que presenceámos, pincelando de branco paisagens inimagináveis. O cansaço foi muito, mas um 'vin chaud' ao fim da tarde fez-nos recuperar as forças das gargalhadas e tombos vividos num dia de ski fantástico.
Depois Montreux, sempre Montreux, bela e chique (mesmo depois de uma caminhada de 45 minutos), se bem que desta vez bem medieval, com o Castelo de Chillon por cenário.
E por fim Genève, sempre igual e sempre diferente, animada pelas poucas luzinhas de Natal e o seu mínimo 'marché de noel'.
Mas fica a reportagem fotográfica para abrir o apetite e os horizontes, de quem pensa em voltar ;)

Obrigada à minha irmã, cunhado e sobrinhos pela visita carinhosa e os tempos bem passados!

bjs

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Agradecimento

Apenas uma palavrinha carinhosa de agradecimentos a todos aqueles/as que simpaticamente se lembraram do meu dia de aniversário.
De uma forma ou de outra, aos poucos, todos me foram fazendo sentir a sua presença (sms, e-mail, hi5, etc.) neste dia, tornando-o ainda mais especial e colorido... quanto mais não seja pelo simples facto de eu saber que, mesmo longe, estão sempre comigo ;)
Em dias frios de Inverno, a vossa lembrança aquece o meu coração!
Obrigada, meus amigos/as por estarem aí desse lado.
Bjs

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Canarinhos por Genebra...




Foi com imenso prazer que acolhemos a família Canário neste fim-de-semana por Genebra. O tempo ajudou, a companhia era agradável e os passeios decorreram na agitada tranquilidade esperada para quem viaja com quatro crianças ;)
Começamos por uma breve visita a Genève, depois seguiu-se um dia em Chamonix, que fez as delícias da pequenada (nem o frio conseguiu demovê-las da elaboração do famoso boneco de neve...), entretanto passamos por Rolle, com uma breve paragem no castelo (onde as pequenas canarinhas fizeram as suas pinturas faciais) e fomos parar a Montreux e ao seu famoso 'Marché de Noël'.
Enfim, uns dias bem passados, em alegre e boa companhia.
Aguardamos agora para a semana a família que se segue ;)
E fica a reportagem fotográfica para mais tarde recordar.
Bjs e obrigada pela visita, amigos!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Paizinho que estás no céu...

A propósito do texto da 'Sonhadora' sobre a distância, ocorreu-me escrever sobre a morte - expoente máximo da distância que nos separa (ainda que de forma apenas física) de alguém que nos era querido e partiu.
Ninguém gosta de falar da morte, pois ela encerra em si tantos receios, incertezas e o doloroso desgosto da ausência, fruto da imensa saudade que teima em não sarar.
Mas o tempo passa, suaviza os sentimentos, mas não traz de volta a presença física, deixando-nos a lembrança ténue de um rosto e de bons momentos partilhados.
Aos poucos vão desvanecendo as mágoas, os ressentimentos lembrados de algo menos bom, e ficam apenas as doces recordações de alguém que teima em desaparecer.
Mas a vida é mesmo assim, e a morte faz parte dela. E a distância entre uma e outra é tão ténue! Por isso fica tanto por viver, por dizer, por fazer...
Portanto, este texto hoje é para ti, paizinho que estás no Céu (porque sei que me escutas), porque sinto falta da tua presença, do teu riso fácil e das tuas soluções atabalhoadas para as minhas 'crises' (e das quais eu sempre teimava em discordar); não esqueço que eras a minha companhia, quando os outros, já grandes, pareciam esquecer que eu existia.
Zanguei-me tanto quando partiste, pois julguei teres baixado os braços perante a adversidade... hoje compreendo que apenas aceitaste serenamente a hora e peço perdão por não te ter entendido. Fizeste questão em fazer-me sentir que ias partir, e eu revoltei-me tanto com isso... mas depois entendi que me haviam dado o privilégio de te acompanhar na derradeira viagem.
Porque tudo ganha outra forma à medida que nos distanciamos de momentos / pessoas? Porque talvez seja necessária essa 'distância' para entendermos!
Hoje escrevo para dizer-te o quanto gosto de ti e o quanto me fazes falta, talvez porque quem sabe nunca to tinha dito antes... talvez por estares aí no Céu, tão longe, mas bem mais próximo de mim!
Tenho saudades dos nossos solilóquios ;)
bjs de eterna saudade

Onde estás, menina?

Procuro-te e não te encontro...
Vejo-te rodopiar com o brilho no olhar,
cabelo cor de jade,
preso em jeito de pétala de rosa, e sorriso
transbordante de felicidade.
Tu que sempre brincavas com o amanhã,
num jeito pueril de esperança e certezas,
porque não me dás a mão como sempre fazias
em horas de tristezas e melancolias?
Sinto a falta da tua magia,
da luz que espelhava teu rosto,
num papel bem estudado,
no palco, na vida, e na praia em pleno Agosto.
Encerrada num corpo de mulher,
escondes a tua essência,
lutas, sofres e vences
para que ninguém te sonhe
num trejeito de demência...
Volta! E traz contigo a felicidade,
os raios de sol, a prata da lua,
num abraço de eterna Amizade.

Bjs

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

De mão na mão

É um amor que se sente,
um calor tão ardente...
Acariciar a tua pele,
Vendo um sorriso em teu rosto,
Com um olhar suspenso,
Numa expressão de gosto.
É uma cumplicidade constante
Neste caminho partilhado,
Vendo-te tornar menino
Doce, rebelde e mimado.
É tão doce esta sensação
De sentir na minha a tua mão!

da mamã para o Santiago,
no dia de hoje.
bjs

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Ainda a propósito das línguas!

Todos conhecemos a habilidade dos Portugueses para as línguas estrangeiras, mas realmente não há como viver nos próprios países para se aprender o respectivo idioma.
Não adianta frequentar aulas e universidades, pois o dia a dia de uma língua não se aprende nos livros, mas com as vivências.
É que isto dos idiomas tem muito que se lhe diga e, ao tentarmos ser fiéis, por exemplo ao Francês, não arriscando no feeling e recorrendo ao dicionário pode trazer-nos situações hilariantes como esta: certo dia o meu 'mais que tudo' liga-me a perguntar como se dizia água oxigenada em francês; depois de muito investigar em busca da tradução mais correcta, lá chego ao palavrão - pyroxide d'hidrogène! Ora, pegando na informação dirigiu-se à farmácia e lá pediu o dito, perante o olhar extasiado da farmacêutica que lhe disse existir apenas noutra farmácia mais antiga o produto que procurava; bem, resolveu deixar para outro dia, para não ter de voltar a fazer a mesma 'figura'... entretanto, já noutro local, em conversa com um colega português, falam sobre o assunto e a senhora que estava a ouvir disse de imediato: 'vous cherchez de l'eau oxigenée'? ora bem, afinal bastava afrancesar a palavra portuguesa!!!
Outra: precisava de tetinas novas para o Santiago e como determinada marca não há em todo o lado, resolvi ligar e explicar em bom francês o que procurava: 'aquela parte do biberão que o bebé põe na boca para mamar, por onde sai o leite, etc.' (afinal não ia arriscar na palavra 'tetine' e fazer fraca figura); quando do outro lado respondem - ah, la tetine?! bolas!!! tanto esforço e era mesmo...
Portanto, agora, quando não sei alguma palavra já arrisco no homónimo afrancesado ou aportuguesado e não me tenho dado nada mal com a opção ;)
Assim, caríssimos leitores, quando visitarem algum país, já sabem: levem o dicionário, mas no bolso, e sobretudo muita descontracção e bom humor. Afinal, não é à toa que nos fazemos entender por esse mundo fora!
nuestros hermanos não poderão dizer o mesmo, não é verdade?!
bjs

'Não te rias do vizinho'....

Como eu percebo os imigrantes! ;)
Não há quem não tenha visto cenas hilariantes com imigrantes (imagine-se o cenário em pleno mês de Agosto, é claro, de férias em Portugal) falando metade português, metade francês... 'para armar', dizemos nós! Só para armar...
Mas olhem que vos digo que fácil é assimilar determinadas expressões da língua do país onde estamos e depois dificilmente encontrar um correspondente na língua materna, sem que se pareça macarrónico ou estrangeirado.
Senão veja-se: estou por aqui há meia dúzia de meses e já dou por mim a dizer que vou levar o bebé à 'mamam de jour'(leia-se, ama), na 'poussette' (carrinho de passeio), como é óbvio, e até já perguntei num local se podia pagar com a 'carte' (singelo cartão / MB), entre outras situações que não ouso sequer comentar!
ha, ha, ha
bjs

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Genève... a cidade mais segura do mundo! (deve ter sido, deve...)

Apregoa-se em todo o lado a segurança, a tranquilidade, a confiança e todos os demais atributos suíços, principalmente neste seu cantão elitista, de nome 'Genève'.
Pois então, acabo de comprovar que, afinal, é tão segura até ao dia em que deixa de o ser... afinal também existem assaltos, daqueles 'à séria', em que chegamos a casa e descobrimos a porta arrombada, com a incerteza no espírito se alguém chegou a lá entrar.
Aconteceu tudo muito rápido, numa amena e tranquila 2.ª feira, após o almoço, em plena luz do dia; tinha acabado de almoçar e fui ao supermercado; no regresso (aí uns 40 minutos depois) chego a casa e deparo-me com o 'espectáculo': parafusos no chão e fechadura arrombada...
Corro dali para fora (não fosse o ladrão ainda lá estar, não é verdade?!), chamo a polícia e o resto parecia a 'Balada de Hill Street' ao vivo: de arma em punho, os polícias entram em casa e verificam que os ladrões não conseguiram entrar.
Após observação especializada por parte dos polícias, chegam à conclusão de que o que nos safou foi a porta de entrada ser de má qualidade! Ele há males que vêm por bem...
Passado um pouco já tínhamos o serralheiro em casa, a fechadura arranjada e a informação de que situações como esta acontecem diariamente (e mais do que uma vez) em Genève. Em conversa animada com vizinhos e amigos começa-se a saber de outros casos e outras situações ainda bem piores; afinal, a tranquilidade e a segurança já eram!
Mas pronto, ficou a história para contar, e é caso para dizer «Casa assaltada, trancas à porta»! mas como uma tranca que se preze, nesta cidade pacífica, custa a módica quantia de 900 francos, a nossa portinha continuará a cumprir a sua função e nós a confiar nela, mesmo sabendo-a de má qualidade ;)
E tenho dito.
bjs

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Blogs e companhia...

Tem 6 anos e todos os sonhos de menina encerrados no desejo de finalmente possuir um 'diário'... os olhos brilham, um sorriso decora o rosto macio de Maria, ao abrir o seu presente de aniversário. Agora, sim, vai poder confidenciar todos os seus segredos (ou nem tanto), com a certeza de que ficarão bem guardados pela chave-miniatura que o acompanha...
Os anos passam e agora a moda é outra: adeus confidencialidade, exclusividade e atributos tais; agora o que interessa é escrever para o mundo inteiro ler, e de preferência comentar. Já não são precisas chaves, mas apenas 'passwords' de acesso a blogs que, afinal, não são mais do que pequenos diários virtuais.
Por isso, e após algum tempo de 'resistência', resolvi aderir à moda e, enfim, construir também o meu blog! Ena, já tenho um blog! :)
Tens algo para vender? faz um blog!
Tens um serviço para oferecer? faz um blog!
Dedicas-te a alguma actividade especial e queres divulgar? faz um blog!
Existem blogs de todas as cores e feitios, que servem os mais variados fins, mas este, não, este veio com uma missão diferente; não vem vender nada a ninguém, nem dar nada a ninguém... vem apenas cumprir a sua função de diário (sem o ser) virtual, servindo-me o propósito do prazer da escrita, quando algo se me aprouver dizer sobre determinado assunto.
Ler ou não ler?! Eis a questão. Talvez valha a pena, talvez não!
Mas vamos lá...
E comentem, se quiserem.
Bjo