terça-feira, 1 de novembro de 2011

Olá, bebé III - antes da tua chegada!






Pois aqui estamos todos à tua espera... semana 36... estás quase aí! Estivemos os três numa pequena sessão fotográfica para ficarmos com uma recordação da barriga da mamã. Um dia ao final da tarde lá fomos até ao estúdio: luzes, câmara / acção!!! Entre risos, poses e movimentos do flash, lá fomos fazendo uns 'disparates', dos quais deixamos aqui dois exemplares.

Foi giro, muito giro mesmo. O papá portou-se à altura do acontecimento e o teu mano, bem, entre a muda de roupas e o tronco nu, estava exaltante de tanta felicidade, desperto pela novidade e o inusitado da situação em que se encontrava.

O que nós não imaginávamos é que, mais um bocadinho, e já não haveria fotografias que nos valessem, pois afinal tu querias vir mais cedo... bem mais cedo...

Bjs





domingo, 28 de agosto de 2011

Fogueira das vaidades

Aqui há dias fomos jantar... local conceituado por excelência, com estrelas 'Michelin' e tudo, num lugarejo afastado do bulício da cidade: a noite estava quente, ficámos no páteo, ao jeito bem italiano, entre vinhas (só faltava o som do violino).
Pelo movimento da clientela e o tipo de relação e conversa que mantêm com os empregados, dá para perceber que são praticamente todos 'habitués' (não como nós, que fomos ali parar com um cupão de desconto tirado na internet). Mas não deixa de ser curiosos e inaudito, pois possibilitou uma viagem a um mundo que é realmente outro, diferente, muito diferente do nosso.
Começamos pelo parque automóvel... os mais belos modelos topo de gama... mas é apanágio da casa chegar e entregar a bela da chavinha para o empregado arrumar o carro...
As mesas são próximas umas das outras, por isso facilmente se escutam os solilóquios (mesmo não querendo...); entre um prato e outro, bonitos, bem decorados, e até saborosos, género 'nouvelle cuisine', diga-se (mais para ver do que para encher!) o som miudinho das vozes que nos circundam vão chegando até nós e propiciando os comentários adequados ;)
Uma mesa de cinco, seis homens, todos de meia idade, bem parecidos, sim senhor (a lembrar a máfia da bela Itália) celebra o aniversário de um deles; o empregado traz o champagne, caríssimo, diga-se (dá para imaginar apenas pelo aspecto e o rótulo dourado da garrafa); tardam em chegar, mas cada vez que um convidado se aproxima cumprem o ritual de se levantarem todos, para os cumprimentos, e o devido beija-mão ao aniversariante...
Outra mais ao lado, com duas senhoras e um senhor a roçar facilmente a terceira idade, comem sem levantar os olhos do prato, falam como se de pequeninos insectos se tratassem, que mal se ouvem; mas fazem a coisa rápido e vão logo embora, que se faz tarde...
Mesmo atrás de nós, duas donzelas (que gostariam de o ser), com vestidos de nome, mas vulgares, muito vulgares, pela combinação dos acessórios e a fazer aparecer a bela da lingerie preta sob a vestimenta eleita para agradar o sexo oposto. Sentam-se, estão sozinhas, mas ocupam uma mesa de quatro (assim estão mais à-vontade para espalhar as malas e malinhas, os casacos e as cigarreiras, mais as chaves do carro e os telemóveis); um dos empregados faz as honras da casa e acolhe as damas, com mil perguntar sobre as suas férias milionárias. Falam dos filhos com cargos de sucesso espalhados pelo mundo, das viagens acabadas de fazer entre praias paradisíacas e barcos de luxo, contentes com o seu regresso à vivenda milionária que mantêm por 'terras helvéticas'...
E assim por diante; quase esqueço a sobremesa... mas não, venha daí o belo do tiramisú e do bolo de chocolate, que a nossa vida, bem mais simple, sem lenha por onde arder neste tipo de fogueira, faz-se de pequenos prazeres como este: o da boa mesa, e da língua viperina (bem ao jeito feminino!) ;)
Bjs

Há dança no parque

Domingo, 18h00, Parque Bertrand....
O dia avizinhava-se frio e encoberto, mas o sol, teimoso, fez questão de aparecer e aquecer. Centenas de rostos felizes dirigem-se ao parque, para aproveitar a luz, que amanhã nunca se sabe... São miúdos, graúdos, de todas as cores e feitios, t-shirts multinacionais passeiam-se entre as verdejantes árvores do caminho que culmina numa espécie de piscina para a criançada.
Entre risos, bicicletas, bolas e baloiços, a brisa suave traz o som de Astor Piazzolla até mim, evocando recordações de salões de baile da antiga Argentina. Fecho os olhos por momentos e deixo-me invadir por aquela viagem de sensações, misto de curiosidade e nostalgia de outros tempos (já tinha ouvido dizer que aos Domingos à tarde o 'clube de reformados' da zona fazia encontros de dança no parque, e até acho que já tinha visto uma vez, mas agora era diferente, talvez pelo som inconfundível do tango erudito).
Deixo-me levar, não resisto, e vou até lá; espreito de mansinho e encontro um grupo de gente de todas as idades, com uma mesma motivação, rostos colados, alguns de olhos fechados, nitidamente praticantes e nada profissionais, mas com o sentir e o gozo expresso naqueles sorrisos que se esboçam; as senhoras, sem dúvida, lideram, mas deixam-se levar (se bem que muitas vezes fora do ritmo), pois no tango é mesmo assim, é o homem quem lidera. Os trajes divergem de par para par, mas os saltos altos que afinam a silhueta são uma dominante, as saias pelo joelho e os cabelos apanhados conferem a sensualidade necessária ao salão de baile improvisado.
Sorrio, parece-me bem a ideia: bailar, sim, ainda mais no parque, ao ar livre, entre mil olhos curiosos que a ninguém importam, pois entregues ao misticismo daquele tango improvisado, uns olhares por acaso até conferem mais ambiente.
Percorro de soslaio aqueles corpos que se tocam, as pernas que se entrelaçam, as mãos suadas que vagueiam pela pista improvisada e surgem-me mil ideias, e outras tantas interrogações, sobre as motivações que levam aquelas pessoas, tão singelas, a passearem as suas almas pelas notas musicais, assim, sem mais nem menos, pelo parque...
Argentina, Buenos Aires, ao som de Piazzolla ou de outro qualquer, veio até ao Parque, e foi bonito de ver, de ouvir, e certamente de sentir ;)
Bjs

domingo, 3 de julho de 2011

Olá, bebé II

Olá.... hoje escrevo a pedido da minha grande amiga Teresinha. Estivemos ao telefone um pouquinho, conversando animadamente sobre como vai esta vida de tranquilidade e a páginas tantas ela perguntou-me: 'porque não escreves no teu blog sobre essa sensação de estares sempre acompanhada?'. Pois sim, aceite o repto, aqui ficam umas linhas a propósito.
Tem estado parado o meu blog, é verdade; neste tempo algo conturbado de tantas mudanças, tantas novidades, acho que não tem sobrado tempo para dedicar ao ciberespaço.

Desculpas, desculpas, é certo, mas hoje não há escapatória.
Vamos lá: minha querida pequenina (sim, porque já sabemos que realmente és menina), hoje já estás bem mais crescidinha... com 22 semanas, já pesas cerca de 400 gramitas e tens mais ou menos 25 cms. Uma grande, diria! E que bom que é, agora que já te portas melhorzinho (espero que não tenha sido por causa das últimas ameaças), já deixas a mamã descansar um bocadinho, dormir e tudo... até já brincas comigo de manhã, e antes de adormecer tenho experimentado a brincadeira do toque e foge, e a verdade é que tu respondes na perfeição :) é fantástico sentir, ao acordar, o formigueiro nas minhas entranhas, que anuncia a nossa fomeca matinal; os saltinhos que dás de contente após um chocolatito deixam adivinhar uma gulosinha que aí vem; e à noitinha, bem antes de dormir, vens sempre dar um toquinho, em jeito de 'boa noite, mamã'.

A natureza tem destas maravilhas e, realmente, em estado de graça nunca estamos sós; mesmo sem nos vermos, carregamos no íntimo muito mais do que ânsias e perguntas - a esperança de um amanhã de reencontro, em que finalmente nos poderemos abraçar e sussurrar: 'aqui estamos nós outra vez, para mais uma vida em comum'.

Querida bebé, ainda não tens nome; o teu mano diz que sim, mas não quer contar o segredo e não ajuda em nada quando diz que te iremos chamar 'dinosaure'.... Resta ainda algum tempo, esperam-nos listas e listas de nomes, mas havemos de lá chegar: ao nome que tu escolheste!

Com jeitinho, a ideia da tua vinda começa a tomar forma, e melhor de ânimos, já começo a olhar para os 'bodys Hello Kity' e a imaginar-te nos nossos braços, rendida a um soninho descansado (sim, porque tu, minha menina, vais fazer o favor de ser calminha e nos dar uns momentos de descanso, certo?!). Acho que nunca me tinha apercebido de quantas coisas existem para te vestir... cor-de-rosa é palavra de ordem, pois claro, mas tenho de dizer-te que vais ter de vestir umas coisitas também azuis, herdadas do primogénito, que a vida não está para graças! Mas vais gostar, vais ver.

O papá també já te sentiu, e diz que vais ser a 'boneca' dos adultos; e o teu mano diz que vais dormir com ele, que tem lugar para ti na camita dele. Portanto, como vês, podes continuar aí descansadinha a desevolver-te tranquilamente, que nós aqui, deste lado, continuaremos a fazer o nosso melhor para te acolhermos como tu mereces, quando vier o dia da tua chegada.

Obrigada, meu bem, pela tua companhia, pela alegria e todo o amor que já me dás.

Vou tentar ir dando mais notícias tuas, ou nossas ;)

Bjs

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Olá, bebé!!!


13 semanas, cerca de 5 cms...
Acho que ainda não te tinha dado as boas-vindas, convenientemente.
É estranho, sabes, no início tudo começa com uma pequena tontura, algum mau-estar físico e alterações de humor que se vão acentuando com o tempo. E, um dia, finalmente, a notícia com a confirmação: sim, estás aí na barriga da mamã!
Começas gentilmente a ganhar forma, e nós consciência da tua existência e da tua vinda anunciada para o início de Novembro. Huuum, escorpião serás....
E contigo começa também o vaivém das idas ao médico, as análises de rotina, as ecografias, a mudança do corpo (e do guarda-roupa), as variações de apetite e os humores que oscilam entre a extrema alegria, a ansiedade de te conhecer e o receio do porvir.
Mas nada disso importa, desde que estejas bem aí dentro, no quentinho, ganhando forças e estrutura, enquanto nós aqui deste lado nos vamos habituando à ideia de passar de 3 a 4 e vamos planeando a tua chegada.
O teu irmãozinho está feliz, espreita pelo umbigo e fica zangado porque não te consegue ver, mas coloca o ouvido na minha barriga e diz que falas com ele (tão pequenos e já com segredinhos, não é?! sim, porque ele não conta nada); ontem disse-me apenas que és menina e que já tens nome... verdade?! A seu tempo saberemos.
Mas hoje queria apenas dizer-te que estamos muito felizes por este novo milagre nas nossas vidas e que, apesar de todo o cansaço e mau-estar que causas agora à mamã, estás perdoado (só porque ainda és pequenino, bebé; porque te esperam uns bons açoites nesse rabiosque quando fores mais crescido ;)
Até breve.
Bjs

segunda-feira, 14 de março de 2011

Assim, assim

Quando acordamos, a graça do dia é, precisamente, não sabermos como ele vai ser... Olhamos para a janela e o clima influencia, mais ou menos, a nossa abordagem ao dia que começa: se cinzento e chuvoso, lá encaramos a madrugada com mais umas roupitas e uns adereços, como quem está a postos para a 'batalha'; se mais ensoleirado e brilhante, meios descapotados, mais facilmente chamamos o sorriso ao rosto e dizemos bom-dia à Primavera que se avizinha.
Pois bem, hoje é um dia assim, assim.... para já, o clima está indefinido: o sol brilha, mas pouco, entre nuvens que anunciam a possibilidade de chuviscos; depois, é segunda-feira, e as segundas-feiras são sempre mais chatas por natureza, quanto mais não seja porque é o início da semana.
Há poucos programas às segundas-feiras, certo?! Nunca percebi porquê, mas deve ser uma das razões deste ser o dia 'mal-amado' da semana.
Chego ao trabalho, e encontro o ambiente também 'assim, assim'. Até as coisas retomarem o seu ritmo, há sempre um período de inacção, que convém contornar com bons pensamentos, do género: ainda tenho de me dar por feliz por ter um emprego, este emprego que me paga um salário!
Grande verdade, nos tempos que correm, com a questão da crise, e tudo; mas às vezes também penso que é muito chato sermos pagos para não fazer nada, ou estar na internet, ou escrever em blogs... estão a ver?! Depois de uns tempos de ócio, que até se agradecem, em que se aproveita para colocar a conversa em dia, responder a e-mails pessoais, fazer compras, etc. vem o momento em que nos questionamos: afinal, isto serve mesmo para quê? Cool, cool, era mesmo gerirmos o nosso tempo e podermos ir passear, ou para casa, quando nada houvesse para fazer. Claro, estando disponíveis ao telefone, para qualquer eventualidade.
Na próxima vez que for a uma entrevista e me perguntarem qual é o emprego ideal para mim, certamente terei de dizer: qualquer um, desde que tenha o que fazer!!!
E tanta gente que se queixa de ter demasiado que fazer, que as horas não chegam... nem 8, nem 80! Há que encontrar o meio termo. Mas quem sabe daqui a uns tempos virei aqui queixar-me do oposto, que nem sequer tenho tempo para vocês, para o blog...
Um texto assim, assim, para um dia assim, assim.
Há dias assim, não é verdade?!
Bjs

sexta-feira, 11 de março de 2011

Luigia

Tenho andado a ler um desses livros tão na moda, hoje em dia, sobre o pensamento positivo e, numa das partes, eles sugerem que se escreva sobre as coisas positivas que nos acontecem, ou simplesmente algo que nos agradou, como forma de catarse e prestar atenção às pequenas coisas que temos no aqui e agora do que aquilo que eventualmente gostaríamos de ter...
Ora, resolvi aceitar o repto e partilhar convosco uma boa 'experiência gustativa'.
Dia 1 de Março de 2011 - Luigia, de seu nome - um local encantador pelo ambiente e viagem de sabores que nos proporciona. Logo a começar, o prazer de viver algo inesperado e fora do programa :) um convite para jantar fora, assim no meio da semana, capaz de arruinar qualquer rotina (pre)estabelicida quanto a horários de comer, dormir, etc. obrigatórios quando há gente pequena em nosso lar, parecia-me bizarro... mas 'porque não?! Completamente às escuras, sem saber onde ia ou o que iria encontrar (tinha já o gostinho da curiosidade a palpitar no coração e a aguçar o apetite para o repasto).
Pertinho de nós, dez minutos de caminho entre as risadas, o autocarro e as corridas do nosso cavaleiro, lá chegamos. A porta abre-se e vislumbra-se o local: um espaço grande, aberto, como que um armazém cheio de mesas altas, intercaladas com as convencionais; ambiente um pouco inusitado, com a Minnie em tamanho gigante, iluminada, a assinalar o cantinho dos pequenotes. Ainda é cedo, temos sorte de ter uma mesa, sim, porque depressa se percebe que é o local da moda (e ainda por cima não reservam, tal é a afluência); voluntariosos, trazem logo a cadeirinha e acolhem a criança com um sorriso (o que nem sempre acontece por aqui, já que as crianças não costumam frequentar espaços nocturnos).
Mas ali estamos em ambiente latino: todo o mundo fala italiano e o ambiente é, no geral, descontraído, apelando à convialidade. O grande forno de lenha e a presença dos cozinheiros criam o pano de fundo da sala e conferem-lhe um ar familiar.
A ementa, genial: Sfizzi friti para começar - simples tirinhas de pão e carne seca, acompanhadas de azeitonas gordas. Depois, bem, Luigia - um regalo para os sentidos! para já, para já, o aspecto não convencional daquela pizza (cinco pétalas, como se de rosas se tratasse), com o seu aroma trufado, e o gosto exquisito do ingrediente principal, tornam a experiência memorável e digna de partilha.
Envolvida pela companhia, agradavelmente surpreendida pelo ambiente e com as papilas gustativas exfusiantes, apela-se a todos os sentidos, para 'mais tarde recordar'. A repetir, sem dúvida, porque não?!

Voltando ao livro que motivou este pequeno relato, acho que cumpri bem a tarefa: descrever o mais detalhadamente possível o deleite que vivemos, para que se grave na nossas memória e no nosso coração a sensação do prazer, a alegria e a serenidade que se experimentou, simplesmente ao viver o momento - 'aquele', no aqui e agora!!!
Bjs

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

SORRI

Pede ao céu um pouco de silêncio e procura conversar com a noite.
Faz de cada ilusão uma promessa, e pensa que, o que passou, passou.
Lá fora o ar pode estar pesado, mas o desejo de seguir, de lutar, de amar, é maior.
Então liberta-te dos preconceitos e sai por aí.
Vai passear, ironiza essa amargura e faz dela uma sombra fértil de amor.
Não sintas receio de nada; a vida é assim, tudo é um eterno recomeço.
Sempre existe um amanhã de saída, que pode ser feito de boas venturas e aventuras.
Vê-te ao espelho e sorri, e coloca nesse sorriso tudo de bom que
tens para dar, as coisas que vês, ouves, adoras e amas...
Afirma-te em um só pensamento de que teus desejos sempre serão de alguma maneira
realizados; tudo é natural, tudo de bom parte de dentro de ti.
E lembra-te que, em algum lugar, existe alguém que se lembra de ti,
sentiu saudades, quem sabe até te amou, e isso é muito bom.
Vibra com a lua, mas contra a tempestade.
Fica feliz por ainda saberes sorrir...
Vá! Levanta a cabeça, coloca no rosto uma expressão feliz, tudo vai parecer mais fácil.
Viste? Abre a janela e presta atenção aos pássaros brancos que voam no céu... se eles
não estiverem lá a voar, mesmo assim existe um infinito céu azul e lindo, só para ti!
Tudo é paz, naturalidade e franqueza.
Se melancólico, porquê esta melancolia?
Lembra-te de um sonho, de alguém que está sempre ao teu lado,
mesmo estando longe de ti, e sente como é fácil ser feliz.
E Sê Simplesmente FELIZ!!!
Bjs

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Eu e a minha Bosch

Ah, pois é...
Quem disse que os sonhos são todos iguais? Quem disse que para sonhar é preciso fazê-lo com estilo? Sonhar com uma grande casa... um grande carro... uma volta ao mundo....
Não senhora, um sonho é um sonho, e pode perfeitamente sonhar-se com coisas banais, que aos olhos de mais de meio mundo possam até parecer sonhos 'ridículos' (por tão pequenos serem, ou tão 'realizáveis', se preferirem assim).
Pois bem, nunca pensei dizer um dia que um dos meus sonhos era ter uma máquina de lavar roupa ;) e isso aconteceu: depois de muito suspirar e resingar, cá está ela, cá em casa, branquinha, último modelo, um mimo! Lava como as outras, mas isso é um detalhe. Agora que já cá mora, está na hora de chatear o vendedor porque afinal ela não vem imaculada, traz um risquinho (a mente das mulheres pode ser preversa; mesmo muito).
A verdade é que só nos apercebemos do quanto as coisas nos fazem falta, quando não as temos... esta senhora (a máquina, claro) que agora coabita connosco vai-me poupar umas idas à cave para colocar a roupa a lavar, depois para ir buscar, para não falar das vezes em que vinha frustrada (porque a fila era imensa e nem no ano 2012 iria ter a roupa lavada), mais o stress da roupa que vinha manchada, que alargou, que estragou, e que tinha pêlos (sei lá de quem). Irra!!!
Ah, e correr atrás do concierge para carregar a chave?! Sim, porque todo este processo se pagava, pois claro, ou acaso julgavam que era grátis? Nesta terra (e nas outras também, no fim das contas) nada é gratuito.
E assim vamos começar uma nova etapa, com este utensílio, utilitário, a dar cartas cá em casa. Se ela julga que vem para férias, está muito enganada: amanhã já vai bulir, oh se vai :) É que o investimento tem de ser recuperado, e rapidamente.
Valhem-nos as modernices: é ecológica, dizem (é bom para a consciência pensar que, pelo menos ela, não vai fazer mal ao planeta); e vai fazer-nos poupar na luz, na água, em tudo... mas certamente, mais do que tudo, fará com que possamos poupar tempo e paciência :)
Estou muito feliz! Eu e a minha Bosch... uma relação de cumplicidade, que se avizinha para a vida! ;)
Bjs

sábado, 22 de janeiro de 2011

Em jeito de reflexão...



Já conhecia de longa data... não sabia a origem, nem o autor... mas sei que a melodia me encantava e a letra é muito especial.
Durante muito tempo esquecida, ou perdida, hoje, por mero acaso, ou talvez não, veio até mim. Não consegui resistir...
Partilho aqui com todos vocês, crentes ou não, pois 'pão e oração nunca são demais' ;) (não sei se é bem assim o ditado, mas se não for, também ninguém vai levar a mal!). Aqui fica ela, em jeito de reflexão...
Um especial bem-haja para todas as famílias, incluindo a minha.
Bjs

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Chucha, querida chuchinha...


Nascem os bebés e muitos pais se debatem na indecisão acerca do que escolher: dar ou não a (ben/mal dita) chucha à criança…. Há pediatras que dizem, inclusive, que a chucha é mais um calmante para os pais do que para os bebés… vá-se lá saber!
A verdade é que o uso desse objecto tão amado de certas crianças e tão detestado por certos profissionais da saúde e preocupante para os pais, continua a ser controverso e não se sabe se realmente é ou não eficaz e benéfico para a criança que o usa.
O certo é que a chuchinha funciona como uma tetina, o bebé pode chuchar furiosamente, as vezes que quiser, para se saciar, acalmar ou apenas para ocupar o tempo. A verdade é que ela parece dar à criança uma sensação de conforto e, quando atravessa períodos de irritabilidade, a sucção parece acalmá-la, o que pode ocorrer no caso das cólicas, dos dentes, ou para enfrentar qualquer desconforto, ou até uma crise de ‘mimite’ aguda.
Claro que o principal objectivo é que as crianças usem o máximo possível a chucha, de forma a ficarem satisfeitas, e a larguem ainda mais depressa. Só que (quase) nunca isso acontece de forma fácil e espontânea: elas parece ficarem ‘aditas’ do objecto calmante e parece nunca mais perderem o interesse, antes pelo contrário, à medida que os anos vão passando, maior parece ser a sua amizade com a dita.
Os pais esperam que elas a larguem espontaneamente, mas chegado o prazo estabelecido pela paciência de cada um, então vem a decisão que ela deve desaparecer da vida das suas crianças.... começa-se por tirar aos poucos, mas depressa se verifica que não funciona! Então chega a medida drástica: fazê-la desaparecer... dar ao cão, a qualquer outro bebé, esquecer algures, perder no parque… seja lá a medida que for, ela será sempre um pouco cruel e fará dos pais ‘os maus da fita’ naquela cena ou etapa de vida.

Pois bem, e esse dia chegou também para o pequeno Santiago, fervoroso adito não de uma, mas de duas chuchas – a branca e a azul – que ele sugava até dizer mais não, fiéis companheiras de longos dias passados na crèche, consolo absoluto para quando algo não corria conforme desejado….
Aconteceu uns dias antes do Natal: após longos meses de convencimento, lá visitámos a casa do Pai Natal, a quem ele entregou voluntoriosamente (à força) as suas chuchas.
Houve risos, lágrimas, algumas birras até; foi duro, talvez mais para a mãe do que para o ex-bebé... durante algum tempo, antes de dormir, ele ainda espreitou por cima do guarda-roupa (não fossem elas ter voltado); mas não, elas não voltaram… ou melhor, fizeram parte de um presente de Natal que a mamã recebeu (e que certamente fará delas um belo quadro para mais tarde recordar)… Para ele, as chuchas estão na árvore do Pai Natal ! Mas teve a sua recompensa: os almejados dinossauros e o crocodilo - que expiaram a culpa do acto empreendido ;)
Hoje já é mais fácil, ele parece ter esquecido, já quase não pergunta por elas, não reclama, vê fotos de quando era mais bebé, de chucha na boca, e com aquele brilho no olhar enche o peito de ar e diz que já é grande! um homem! A chucha foi embora, e levou com ela o bebé… deixou-nos um rapazinho, bem mais irreverente, diga-se, com algumas ideias já muito próprias, a crescer… Bravo, Santiago!!!
Fica o sentimento de satisfação, de etapa passada, de contentamento por ele, pela pequena vitória alcançada... mas como é difícil ver partir a chucha... e o bebé com ela!
Bjs

Ano novo, novos votos

Bom dia para a vida! Bom dia para o ano!
Após uma grande pausa, cá estou de volta às letrinhas, às palavras, aos textos.
Ano novo, vida nova, textos com novos aromas, novas cores, talvez com novidades, quem sabe?!
Hoje acordei com vontade de tudo: de escrever, de dançar, de sorrir, de amar, de correr, sonhar, comer, pensar, parar!
Paragens servem para fazer pausas, breves como a vírgula, ou o ponto e vírgula, ou mais longas como o ponto final, ou ainda em suspenso como os três pontos. Nem sempre gostamos de parar, pois isso implica, por vezes, tempo de reflexão e/ou decisão, pensamos.... porque é difícil simplesmente parar por parar, gozar o momento, vegetar, desfrutar. Não tem nada de mal, mas deixa no ar a sensação de algo perdido, de tempo infrutífero, de algo que passou e não deixou resultados. Não sei, parece-me difícil, mas necessário: parar!
Este ano, em vez da correria habitual do dia a dia, vamos parar: parar para pensar em nós, para pensar nos outros, para pensar no que nos rodeia, no que nos faz feliz, no que temos de agradecer, nas coisas que nos parecem nada e têm grande valor, naquilo que somos realmente, naquilo que poderíamos empreender para tornar o nosso dia mais simpático; temos os recursos, a matéria-prima, mas nem sempre temos o empreendorismo, a vontade, neste caso, de parar!
E vamos parar também com essa coisa de achar sempre que a felicidade está numa casa maior, num outro emprego, com outra pessoa, noutro sítio... parar, parar, parar, para olhar ao redor e ver que ela está aí mesmo ao lado, onde sempre esteve.
Parar de verdade, parar para brincar, parar para viver!!!
Alguém disse em tempos que 'todas as grandes caminhadas começam com o primeiro passo'; vamos parar e começar o novo ano, a nova vida, a nova caminhada.

Muitos foram os votos / desejos para este ano de 2011. Deixo-vos aqui um que me marcou pela sua simplicidade e veracidade. Espero que gostem; senão, podem sempre parar para escrever outro e enviar ;)

Excelente 2011!!!


Nas palavras de Arnaldo Jabor:


'O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho. É viver cada momento e construir a felicidade aqui e agora. Claro que a vida prega peças: o bolo não cresce, o pneu fura, chove demais, perdemos pessoas que amamos....
Mas, pensa só:
Tem graça viver sem gargalhar pelo menos uma vez ao dia? Tem sentido estragar o dia por causa de uma discussão na ida para o trabalho? Eu quero viver bem... E você?
2010 foi um ano cheio de coisas boas, mas também de problemas e desilusões, tristezas e perdas, reencontros... Normal...
2011 não vai ser diferente. Muda o século, o milênio muda, mas o Homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas, e aí? Fazer o quê? Acabar com o seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança?
O que eu desejo para todos nós é sabedoria. E que todos nós saibamos transformar tudo em uma boa experiência. O nosso desejo não se realizou? Beleza... Não estava na hora, não deveria ser a melhor coisa para esse momento (me lembro sempre de uma frase que ouvi e adoro: 'cuidado com os seus sonhos, desejos, eles podem se tornar realidade'.
Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do ser humano... Mas se a gente se entender e permitir olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam bem diferentes.
Desejo para todos mundo esse olhar especial!
2011 pode ser um ano especial, se nosso olhar for diferente... Pode ser muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos, e dermos a volta nisso. Somos fracos, mas podemos melhorar. Somos egoístas, mas podemos entender o outro.
2011 pode ser o máximo, maravilhoso, lindo, e especial!
Depende de mim... De você.
Pode ser... E que seja!!!'


(Obrigada, Cristina, por estes texto cheio de boa energia!).

Parem para ler, parem para pensar nisto e parem... para agir!
Bjs