sábado, 22 de janeiro de 2011

Em jeito de reflexão...



Já conhecia de longa data... não sabia a origem, nem o autor... mas sei que a melodia me encantava e a letra é muito especial.
Durante muito tempo esquecida, ou perdida, hoje, por mero acaso, ou talvez não, veio até mim. Não consegui resistir...
Partilho aqui com todos vocês, crentes ou não, pois 'pão e oração nunca são demais' ;) (não sei se é bem assim o ditado, mas se não for, também ninguém vai levar a mal!). Aqui fica ela, em jeito de reflexão...
Um especial bem-haja para todas as famílias, incluindo a minha.
Bjs

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Chucha, querida chuchinha...


Nascem os bebés e muitos pais se debatem na indecisão acerca do que escolher: dar ou não a (ben/mal dita) chucha à criança…. Há pediatras que dizem, inclusive, que a chucha é mais um calmante para os pais do que para os bebés… vá-se lá saber!
A verdade é que o uso desse objecto tão amado de certas crianças e tão detestado por certos profissionais da saúde e preocupante para os pais, continua a ser controverso e não se sabe se realmente é ou não eficaz e benéfico para a criança que o usa.
O certo é que a chuchinha funciona como uma tetina, o bebé pode chuchar furiosamente, as vezes que quiser, para se saciar, acalmar ou apenas para ocupar o tempo. A verdade é que ela parece dar à criança uma sensação de conforto e, quando atravessa períodos de irritabilidade, a sucção parece acalmá-la, o que pode ocorrer no caso das cólicas, dos dentes, ou para enfrentar qualquer desconforto, ou até uma crise de ‘mimite’ aguda.
Claro que o principal objectivo é que as crianças usem o máximo possível a chucha, de forma a ficarem satisfeitas, e a larguem ainda mais depressa. Só que (quase) nunca isso acontece de forma fácil e espontânea: elas parece ficarem ‘aditas’ do objecto calmante e parece nunca mais perderem o interesse, antes pelo contrário, à medida que os anos vão passando, maior parece ser a sua amizade com a dita.
Os pais esperam que elas a larguem espontaneamente, mas chegado o prazo estabelecido pela paciência de cada um, então vem a decisão que ela deve desaparecer da vida das suas crianças.... começa-se por tirar aos poucos, mas depressa se verifica que não funciona! Então chega a medida drástica: fazê-la desaparecer... dar ao cão, a qualquer outro bebé, esquecer algures, perder no parque… seja lá a medida que for, ela será sempre um pouco cruel e fará dos pais ‘os maus da fita’ naquela cena ou etapa de vida.

Pois bem, e esse dia chegou também para o pequeno Santiago, fervoroso adito não de uma, mas de duas chuchas – a branca e a azul – que ele sugava até dizer mais não, fiéis companheiras de longos dias passados na crèche, consolo absoluto para quando algo não corria conforme desejado….
Aconteceu uns dias antes do Natal: após longos meses de convencimento, lá visitámos a casa do Pai Natal, a quem ele entregou voluntoriosamente (à força) as suas chuchas.
Houve risos, lágrimas, algumas birras até; foi duro, talvez mais para a mãe do que para o ex-bebé... durante algum tempo, antes de dormir, ele ainda espreitou por cima do guarda-roupa (não fossem elas ter voltado); mas não, elas não voltaram… ou melhor, fizeram parte de um presente de Natal que a mamã recebeu (e que certamente fará delas um belo quadro para mais tarde recordar)… Para ele, as chuchas estão na árvore do Pai Natal ! Mas teve a sua recompensa: os almejados dinossauros e o crocodilo - que expiaram a culpa do acto empreendido ;)
Hoje já é mais fácil, ele parece ter esquecido, já quase não pergunta por elas, não reclama, vê fotos de quando era mais bebé, de chucha na boca, e com aquele brilho no olhar enche o peito de ar e diz que já é grande! um homem! A chucha foi embora, e levou com ela o bebé… deixou-nos um rapazinho, bem mais irreverente, diga-se, com algumas ideias já muito próprias, a crescer… Bravo, Santiago!!!
Fica o sentimento de satisfação, de etapa passada, de contentamento por ele, pela pequena vitória alcançada... mas como é difícil ver partir a chucha... e o bebé com ela!
Bjs

Ano novo, novos votos

Bom dia para a vida! Bom dia para o ano!
Após uma grande pausa, cá estou de volta às letrinhas, às palavras, aos textos.
Ano novo, vida nova, textos com novos aromas, novas cores, talvez com novidades, quem sabe?!
Hoje acordei com vontade de tudo: de escrever, de dançar, de sorrir, de amar, de correr, sonhar, comer, pensar, parar!
Paragens servem para fazer pausas, breves como a vírgula, ou o ponto e vírgula, ou mais longas como o ponto final, ou ainda em suspenso como os três pontos. Nem sempre gostamos de parar, pois isso implica, por vezes, tempo de reflexão e/ou decisão, pensamos.... porque é difícil simplesmente parar por parar, gozar o momento, vegetar, desfrutar. Não tem nada de mal, mas deixa no ar a sensação de algo perdido, de tempo infrutífero, de algo que passou e não deixou resultados. Não sei, parece-me difícil, mas necessário: parar!
Este ano, em vez da correria habitual do dia a dia, vamos parar: parar para pensar em nós, para pensar nos outros, para pensar no que nos rodeia, no que nos faz feliz, no que temos de agradecer, nas coisas que nos parecem nada e têm grande valor, naquilo que somos realmente, naquilo que poderíamos empreender para tornar o nosso dia mais simpático; temos os recursos, a matéria-prima, mas nem sempre temos o empreendorismo, a vontade, neste caso, de parar!
E vamos parar também com essa coisa de achar sempre que a felicidade está numa casa maior, num outro emprego, com outra pessoa, noutro sítio... parar, parar, parar, para olhar ao redor e ver que ela está aí mesmo ao lado, onde sempre esteve.
Parar de verdade, parar para brincar, parar para viver!!!
Alguém disse em tempos que 'todas as grandes caminhadas começam com o primeiro passo'; vamos parar e começar o novo ano, a nova vida, a nova caminhada.

Muitos foram os votos / desejos para este ano de 2011. Deixo-vos aqui um que me marcou pela sua simplicidade e veracidade. Espero que gostem; senão, podem sempre parar para escrever outro e enviar ;)

Excelente 2011!!!


Nas palavras de Arnaldo Jabor:


'O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho. É viver cada momento e construir a felicidade aqui e agora. Claro que a vida prega peças: o bolo não cresce, o pneu fura, chove demais, perdemos pessoas que amamos....
Mas, pensa só:
Tem graça viver sem gargalhar pelo menos uma vez ao dia? Tem sentido estragar o dia por causa de uma discussão na ida para o trabalho? Eu quero viver bem... E você?
2010 foi um ano cheio de coisas boas, mas também de problemas e desilusões, tristezas e perdas, reencontros... Normal...
2011 não vai ser diferente. Muda o século, o milênio muda, mas o Homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas, e aí? Fazer o quê? Acabar com o seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança?
O que eu desejo para todos nós é sabedoria. E que todos nós saibamos transformar tudo em uma boa experiência. O nosso desejo não se realizou? Beleza... Não estava na hora, não deveria ser a melhor coisa para esse momento (me lembro sempre de uma frase que ouvi e adoro: 'cuidado com os seus sonhos, desejos, eles podem se tornar realidade'.
Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do ser humano... Mas se a gente se entender e permitir olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam bem diferentes.
Desejo para todos mundo esse olhar especial!
2011 pode ser um ano especial, se nosso olhar for diferente... Pode ser muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos, e dermos a volta nisso. Somos fracos, mas podemos melhorar. Somos egoístas, mas podemos entender o outro.
2011 pode ser o máximo, maravilhoso, lindo, e especial!
Depende de mim... De você.
Pode ser... E que seja!!!'


(Obrigada, Cristina, por estes texto cheio de boa energia!).

Parem para ler, parem para pensar nisto e parem... para agir!
Bjs