sexta-feira, 26 de junho de 2009

Viagem a um pequeno mundo encantado

Para quem diz que por aqui não aparece nada sobre a 'terra helvética', aqui fica, então, a descrição de uma pequena viagem encantada ao mundo dos caminhos-de-ferro...
Emoldurado pelas bonitas margens do Rhône, encontra-se o «Swiss Vapeur Park», um dos mais prestigiados circuitos de caminhos-de-ferro em miniatura, da Europa.
Entre o verde da montanha e as águas cristalinas desenham-se mil e uma linhas que guiam as famosas miniaturas (réplicas das maravilhosas antigas locomotivas a vapor, de diversos continentes).
Os fascinantes comboios, juntamente com a cidade em miniatura (que alberga restaurantes, lojinhas, e até uma igreja com som ambiente) fazem as delícias de miúdos e graúdos, convidando a viver este pequeno paraíso em modelo reduzido.
Por uma módica quantia para a entrada pode-se andar de comboio em comboio, até não poder mais; é fascinante assistir àquele regresso ao passado, mas sempre intemporal, a julgar pela alegria estampada no rosto dos passageiros.
Deixo as coordenadas, para quem se atrever a 'sonhar'... www.swissvapeur.ch
E algumas imagens para se deliciar....


É caso para dizer: «Apita o comboio, lá vem apitar... apita o comboio, à beira do mar... lalalalalalalalalalalalalalalala» :)
Bjs

quarta-feira, 24 de junho de 2009

'A vida é como uma caixa de chocolates'

Lá dizia o Forrest Gump e com toda a propriedade.... 'a vida é como uma caixa de chocolates; nunca sabemos o que lá está'.
E mesmo depois de abrirmos a caixa, olhando o seu interior, a surpresa subsiste; por vezes homogénea, outras recheada de tantas formas, cores e odores, a caixa permite-nos quase sempre adivinhar a nossa escolha.
Após breves segundos de deleite visual, lá nos decidimos por um e aproximamos lentamente os dedinhos, por forma a segurarem o mais delicado possível no eleito, e acabamos por provar! Se gostarmos, comemos o resto rapidamente; se não, então lá acabamos também por o comer, se bem que de forma mais demorada (qual sacrifício... quando se trata de chocolate, salvo raras excepções, não há quem resista), mesmo que seja pela 'vergonha' de deixar na caixa um bombom ratado ;) E assim sucessivamente, um a um, lá vamos provando uns e outros, até vermos o fundo da caixa.
Claro, há sempre a opção de oferecer o resto da caixa, se não nos agradar, mas a sensação de posse que cada caixa de bombons oferece, não termina até que testemunhemos o seu final. É viciante....
E assim é com a vida: temos momentos mais agradáveis, outros menos, mas acabamos sempre de provar um pouco de todos, quer queiramos, quer não, pois a primeira (inocente) dentada assim o determina; podemos decidir partilhar esses momentos ou vivê-los a sós, mas não nos livramos da experiência.
Momentos há que vêm recheados de fantasia, risos de mil cores... outros trazem consigo o sabor amargo do chocolate negro (nem por isso menos amado)... mas lá vamos vivendo, um após o outro, na esperança que o próximo saiba melhor, até que chegue o fundo da caixa (que, desta vez, não podemos vislumbrar). Por isso provamos todos avidamente, pois o chocolate é viciante, assim como a vida!!!
Quem recusa provar um chocolatinho?!
bjs

quarta-feira, 10 de junho de 2009

E não lhe digam que 'não podem'!

Mais pessimistas ou mais optimistas, todos nós temos a grande 'capacidade/facilidade' em baixar os braços perante a adversidade e dizer que «não podemos mais», tantas vezes por puro comodismo ou simplesmente porque não acreditamos nas nossas capacidades...
Difícil é lembrar que existem tantas pessoas no mundo que vivem felizes mesmo com as grandes dificuldades que a vida lhes proporcionou; questionamos onde vão buscar tanta força, tanta coragem para superar tudo e todos e, frequentemente, a resposta é - na Fé - em Deus!!! Esse Deus que parece bafejar os 'infelizes' de uma coragem avassaladora que nós, sortudos (cujos problemas não são um décimo dessas grandes desgraças) não possuímos.
Mas Fé é algo que se trabalha, educa e pratica, para que possa dar frutos e preencher o nosso coração de alegria, talvez mais em tempo de dificuldades do que em tempo de grandes felicidades ou alegrias; porque é fácil lembrar-mo-nos de 'algo maior' quando sofremos e esquecermos tudo quando estamos bem.
E depois aparecem pessoas como esta (Tony Meléndez) - que não são mais do que anjos na terra, cuja missão é fazer de nós pessoas mais optimistas; depois de ver este vídeo, quem terá coragem de voltar a dizer 'não posso'?!
Como nenhum de nós (graças a Deus) tem esta 'adversidade', temos seguramente mais facilidade em lutar para concretizar os nossos sonhos ou objectivos.
É inevitável soltar uma lágrima...
Obrigada amigo, por me teres enviado este exemplo de coragem e determinação! Rezarei e pedirei a Deus, diariamente, que me dê a coragem e força necessárias para também eu fazer o meu caminho :)
Bjs


sábado, 6 de junho de 2009

Alsácia, a bela

Uma das vantagens de viver aqui por 'terras helvéticas' é, sem dúvida, estar a pouca distância de locais inusitados e belos, seja de França, Itália, Alemanha, etc.
Desta vez a escolha foi a bela Alsácia, região vinícola por excelência, com pequenas vilas perdidas no meio das verdejantes vinhas (Colmar, Riquewille, Ribeauville, entre outras , relembram as histórias de fadas e gnomos, com as suas casinhas de madeira, estruturadamente encaixadas em coloridos fantásticos); nos telhados pululam ainda as cegonhas (desaparecidas da região há mais de 20 anos e que agora regressam para aí fazer morada, tornando-se por isso o símbolo da Alsácia).
A gastronomia não é muito variada, mas as famosas 'tartes flambés' fazem jus ao nome e, juntamente com a simpatia dos habitantes, tornam uma estadia simpática e agradável.
O mote em si já era apelativo: reencontrar amigos de longa data, para um fim-de-semana de convívio. Engraçado se torna, e até diferente, combinar um encontro com alguém, algures a 300 kms (+-) das respectivas casas... sem qualquer contacto telefónico no dia combinado, chegamos ao hotel exactamente na mesma hora... coincidência?! ou talvez não!
Que boas são as amizades que perduram no tempo, cuja distância não diminui a intensidade de cada encontro, por breve que seja, em que não há 'cobranças' das ausências e que, em cada reencontro, iniciam com um simples: «Olá, como estás?», fazendo parecer que o tempo não passou, que tantas coisas não se viveram e outras tantas não se viverão, pela longa ausência que se avizinha após a partida.
Claro que é impossível retomar tudo aquilo que se gostaria em cada breve visita, contar tudo, saber de tudo.... há sempre tanto que fica por dizer, pois o tempo nunca chega!!! Mas e o olhar? O sentir? O coração que se enche de alegria apenas pela presença daquela que se limita a ser 'amiga'.... compensa e recompensa, fazendo ver que por muitas ausências, estará sempre presente!
Tenho saudades amiga, claro que sim, dos belos tempos que passamos na BN; as nossas risadas no corredor, com a Maria de Lurdes, as novidades que sempre me trazias do 'Público' e os programas que teríamos para ver no CCB, para fazer com os miúdos, etc... Jamais alguém fará isso como tu, amiga! E ninguém compreendia que passávamos o dia juntas (a trabalhar) e que, por isso, à noite tínhamos de telefonar para contar as novidades ;) hehehe
As '3 graças' - como nos chamavam... lembras-te? inveja, era o que era!!!
Bons momentos passamos, como outros menos bons em que também estiveste sempre presente, a meu lado, emprestando o teu ombro amigo e dando aquela força que só tu sabias... E confesso que fiquei feliz quando torceste o pé e tiveste de ficar em casa a estudar ;) mas esses são os mistérios do alto que nos fizeram entender. Sei como ficaste triste de não te acompanhar nesse processo (se calhar, hoje, podíamos estar as duas aí), mas não tinha mesmo de ser...
Seguimos caminhos diferentes, fomos para países mais diferentes ainda, mas a nossa amizade está aí para durar, estejamos onde estivermos, deste ou do outro lado da vida, tenho a certeza! Ou não me tivesses tu oferecido o singelo livrinho 'Não há longe nem distância'!
Obrigada pelo simpático fim-de-semana, pela compreensão para com as tropelias do pequeno Santiago, que tornam qualquer passeio algo mais conturbado :)
Porque nunca te disse como eras uma AMIGA importante para mim enquanto estivemos juntas, deixo agora umas palavrinhas que me saíram do coração e que sei (por certo) irão directamente para o teu.
Mil beijos e um bem-haja para ti, Graça

Aqui ficam, pois, algumas imagens da Alsácia, a bela...



sexta-feira, 5 de junho de 2009

A força das palavras

Nem sempre nos damos conta da importância e da força das palavras....
Palavras escritas perdem um pouco da sua personalidade, pois podem sempre ser ponderadas, corrigidas, rasuradas, substituídas, etc.
Mas aquelas que se dizem no momento têm o poder e a força que têm, pois cada momento é único e não volta nunca atrás.
Palavras podem ser mágicas, podem transmitir carinho, amor, ternura, mas também agressão, raiva, destruição.... tudo depende do interlocutor e da sensibilidade de cada um.
Por vezes, a mesma palavra, dita com entoações diferentes, pode mesmo transformar o seu significado ou intenção iniciais; bom seria que tivéssemos a capacidade de avaliar cada uma minuciosamente, antes de as dizermos, mas também reconheço a 'inverosimilhança' dessa pretensão.
Mesmo assim, tantas vezes, uma palavra vale mais do que tudo, ainda que pobre de significado, mas com grande carga emocional... voluntaria ou involuntariamente, uma palavra pode fazer a diferença, na minha, na tua e na vida de todos nós!
Bjs e um bom fim-de-semana, repleto de boas e muitas palavras, mesmo que sejam as 'cruzadas' que tanto entretêm numa tarde de Verão passada à beira-mar ou numa qualquer esplanada....

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A magia das bolas de sabão

Finalmente o sol começa a aparecer aqui por 'terras helvéticas'; embora tímido, o calorzinho começa já a convidar às saídas, aos passeios pelos imensos parques e aos banhos nas piscinas improvisadas (sejam fontes ou fontinhas, desde que tenham meio centímetro de altura e água fresca já servem para o efeito).
Realmente por cá aproveita-se o sol como se pode: deitados na relva, numa pedra a beira do lago... quais camaleões esperando alcançar o bronzeado típico do Verão. À primeira vista parece estranho, mas depois habitua-mo-nos a conviver com estes modus vivendi tão diferentes dos nossos;)
Os parques fazem as delícias da criançada, onde até improvisam áreas com areia (bac à sable) para poderem fazer castelos, castelos, castelos, como se de verdadeira praia se tratasse; e ali mesmo ao lado, os baloiços, o escorrega, os cavalinhos, os passarinhos e as árvores; tudo em alegre harmonia, misturando-se com o som ritmado das gargalhadas, gritos ou choro da criançada (sim, porque sejam lá de que nacionalidade forem, afinal todos choram na hora de sair do baloiço ou da água).
Por vezes sento-me na área de jogos e observo de soslaio o grupo das amas que conversam despreocupadamente e mesmo alguns pais que lêem descontraidamente um livro, sendo interpelados de vez em quando pela criança que vem ver se está tudo bem por ali; claro, sempre sem tirar os olhos do meu pequeno diabrete que corre desalmadamente atrás de qualquer pombo ou da lua que se vislumbra no céu (não vá perder-se na sua fantasia!).
É realmente mágico assistir e participar deste mundo fantasiado, em que as crianças são os protagonistas e os adultos parecem marionetas agindo ao seu 'comando'. Quase como as fantásticas bolinhas de sabão, que deslumbram os pequenos brincalhões, talvez por tão voláteis, frágeis, efémeras...
Ainda não consegui perceber bem porquê, mas basta agitar o frasco, soltar umas quantas bolas e.... pafff!!! reúnem-se logo umas quantas crianças que saltam e correm, tentando apanhá-las, numa alegria imensa e contagiante. Talvez porque não sejam necessárias razões para as coisas se tornarem mágicas para as crianças, e talvez seja essa mesma a lição a aprender com elas.
Uns treinos no parque, passando pelos baloiços e os escorregas, seguidos do local da areia e acabando na piscina... observando e tentando imitar; depois, talvez, transportar a alegria vivida no momento para a 'vida real', aquela que se encontra fora do parque, sem a magia das bolas de sabão, e sem tanta inocência! :)
Bjs

Quem disse que é preciso areia para fazer castelos?!