sábado, 6 de junho de 2009

Alsácia, a bela

Uma das vantagens de viver aqui por 'terras helvéticas' é, sem dúvida, estar a pouca distância de locais inusitados e belos, seja de França, Itália, Alemanha, etc.
Desta vez a escolha foi a bela Alsácia, região vinícola por excelência, com pequenas vilas perdidas no meio das verdejantes vinhas (Colmar, Riquewille, Ribeauville, entre outras , relembram as histórias de fadas e gnomos, com as suas casinhas de madeira, estruturadamente encaixadas em coloridos fantásticos); nos telhados pululam ainda as cegonhas (desaparecidas da região há mais de 20 anos e que agora regressam para aí fazer morada, tornando-se por isso o símbolo da Alsácia).
A gastronomia não é muito variada, mas as famosas 'tartes flambés' fazem jus ao nome e, juntamente com a simpatia dos habitantes, tornam uma estadia simpática e agradável.
O mote em si já era apelativo: reencontrar amigos de longa data, para um fim-de-semana de convívio. Engraçado se torna, e até diferente, combinar um encontro com alguém, algures a 300 kms (+-) das respectivas casas... sem qualquer contacto telefónico no dia combinado, chegamos ao hotel exactamente na mesma hora... coincidência?! ou talvez não!
Que boas são as amizades que perduram no tempo, cuja distância não diminui a intensidade de cada encontro, por breve que seja, em que não há 'cobranças' das ausências e que, em cada reencontro, iniciam com um simples: «Olá, como estás?», fazendo parecer que o tempo não passou, que tantas coisas não se viveram e outras tantas não se viverão, pela longa ausência que se avizinha após a partida.
Claro que é impossível retomar tudo aquilo que se gostaria em cada breve visita, contar tudo, saber de tudo.... há sempre tanto que fica por dizer, pois o tempo nunca chega!!! Mas e o olhar? O sentir? O coração que se enche de alegria apenas pela presença daquela que se limita a ser 'amiga'.... compensa e recompensa, fazendo ver que por muitas ausências, estará sempre presente!
Tenho saudades amiga, claro que sim, dos belos tempos que passamos na BN; as nossas risadas no corredor, com a Maria de Lurdes, as novidades que sempre me trazias do 'Público' e os programas que teríamos para ver no CCB, para fazer com os miúdos, etc... Jamais alguém fará isso como tu, amiga! E ninguém compreendia que passávamos o dia juntas (a trabalhar) e que, por isso, à noite tínhamos de telefonar para contar as novidades ;) hehehe
As '3 graças' - como nos chamavam... lembras-te? inveja, era o que era!!!
Bons momentos passamos, como outros menos bons em que também estiveste sempre presente, a meu lado, emprestando o teu ombro amigo e dando aquela força que só tu sabias... E confesso que fiquei feliz quando torceste o pé e tiveste de ficar em casa a estudar ;) mas esses são os mistérios do alto que nos fizeram entender. Sei como ficaste triste de não te acompanhar nesse processo (se calhar, hoje, podíamos estar as duas aí), mas não tinha mesmo de ser...
Seguimos caminhos diferentes, fomos para países mais diferentes ainda, mas a nossa amizade está aí para durar, estejamos onde estivermos, deste ou do outro lado da vida, tenho a certeza! Ou não me tivesses tu oferecido o singelo livrinho 'Não há longe nem distância'!
Obrigada pelo simpático fim-de-semana, pela compreensão para com as tropelias do pequeno Santiago, que tornam qualquer passeio algo mais conturbado :)
Porque nunca te disse como eras uma AMIGA importante para mim enquanto estivemos juntas, deixo agora umas palavrinhas que me saíram do coração e que sei (por certo) irão directamente para o teu.
Mil beijos e um bem-haja para ti, Graça

Aqui ficam, pois, algumas imagens da Alsácia, a bela...



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