segunda-feira, 14 de março de 2011

Assim, assim

Quando acordamos, a graça do dia é, precisamente, não sabermos como ele vai ser... Olhamos para a janela e o clima influencia, mais ou menos, a nossa abordagem ao dia que começa: se cinzento e chuvoso, lá encaramos a madrugada com mais umas roupitas e uns adereços, como quem está a postos para a 'batalha'; se mais ensoleirado e brilhante, meios descapotados, mais facilmente chamamos o sorriso ao rosto e dizemos bom-dia à Primavera que se avizinha.
Pois bem, hoje é um dia assim, assim.... para já, o clima está indefinido: o sol brilha, mas pouco, entre nuvens que anunciam a possibilidade de chuviscos; depois, é segunda-feira, e as segundas-feiras são sempre mais chatas por natureza, quanto mais não seja porque é o início da semana.
Há poucos programas às segundas-feiras, certo?! Nunca percebi porquê, mas deve ser uma das razões deste ser o dia 'mal-amado' da semana.
Chego ao trabalho, e encontro o ambiente também 'assim, assim'. Até as coisas retomarem o seu ritmo, há sempre um período de inacção, que convém contornar com bons pensamentos, do género: ainda tenho de me dar por feliz por ter um emprego, este emprego que me paga um salário!
Grande verdade, nos tempos que correm, com a questão da crise, e tudo; mas às vezes também penso que é muito chato sermos pagos para não fazer nada, ou estar na internet, ou escrever em blogs... estão a ver?! Depois de uns tempos de ócio, que até se agradecem, em que se aproveita para colocar a conversa em dia, responder a e-mails pessoais, fazer compras, etc. vem o momento em que nos questionamos: afinal, isto serve mesmo para quê? Cool, cool, era mesmo gerirmos o nosso tempo e podermos ir passear, ou para casa, quando nada houvesse para fazer. Claro, estando disponíveis ao telefone, para qualquer eventualidade.
Na próxima vez que for a uma entrevista e me perguntarem qual é o emprego ideal para mim, certamente terei de dizer: qualquer um, desde que tenha o que fazer!!!
E tanta gente que se queixa de ter demasiado que fazer, que as horas não chegam... nem 8, nem 80! Há que encontrar o meio termo. Mas quem sabe daqui a uns tempos virei aqui queixar-me do oposto, que nem sequer tenho tempo para vocês, para o blog...
Um texto assim, assim, para um dia assim, assim.
Há dias assim, não é verdade?!
Bjs

sexta-feira, 11 de março de 2011

Luigia

Tenho andado a ler um desses livros tão na moda, hoje em dia, sobre o pensamento positivo e, numa das partes, eles sugerem que se escreva sobre as coisas positivas que nos acontecem, ou simplesmente algo que nos agradou, como forma de catarse e prestar atenção às pequenas coisas que temos no aqui e agora do que aquilo que eventualmente gostaríamos de ter...
Ora, resolvi aceitar o repto e partilhar convosco uma boa 'experiência gustativa'.
Dia 1 de Março de 2011 - Luigia, de seu nome - um local encantador pelo ambiente e viagem de sabores que nos proporciona. Logo a começar, o prazer de viver algo inesperado e fora do programa :) um convite para jantar fora, assim no meio da semana, capaz de arruinar qualquer rotina (pre)estabelicida quanto a horários de comer, dormir, etc. obrigatórios quando há gente pequena em nosso lar, parecia-me bizarro... mas 'porque não?! Completamente às escuras, sem saber onde ia ou o que iria encontrar (tinha já o gostinho da curiosidade a palpitar no coração e a aguçar o apetite para o repasto).
Pertinho de nós, dez minutos de caminho entre as risadas, o autocarro e as corridas do nosso cavaleiro, lá chegamos. A porta abre-se e vislumbra-se o local: um espaço grande, aberto, como que um armazém cheio de mesas altas, intercaladas com as convencionais; ambiente um pouco inusitado, com a Minnie em tamanho gigante, iluminada, a assinalar o cantinho dos pequenotes. Ainda é cedo, temos sorte de ter uma mesa, sim, porque depressa se percebe que é o local da moda (e ainda por cima não reservam, tal é a afluência); voluntariosos, trazem logo a cadeirinha e acolhem a criança com um sorriso (o que nem sempre acontece por aqui, já que as crianças não costumam frequentar espaços nocturnos).
Mas ali estamos em ambiente latino: todo o mundo fala italiano e o ambiente é, no geral, descontraído, apelando à convialidade. O grande forno de lenha e a presença dos cozinheiros criam o pano de fundo da sala e conferem-lhe um ar familiar.
A ementa, genial: Sfizzi friti para começar - simples tirinhas de pão e carne seca, acompanhadas de azeitonas gordas. Depois, bem, Luigia - um regalo para os sentidos! para já, para já, o aspecto não convencional daquela pizza (cinco pétalas, como se de rosas se tratasse), com o seu aroma trufado, e o gosto exquisito do ingrediente principal, tornam a experiência memorável e digna de partilha.
Envolvida pela companhia, agradavelmente surpreendida pelo ambiente e com as papilas gustativas exfusiantes, apela-se a todos os sentidos, para 'mais tarde recordar'. A repetir, sem dúvida, porque não?!

Voltando ao livro que motivou este pequeno relato, acho que cumpri bem a tarefa: descrever o mais detalhadamente possível o deleite que vivemos, para que se grave na nossas memória e no nosso coração a sensação do prazer, a alegria e a serenidade que se experimentou, simplesmente ao viver o momento - 'aquele', no aqui e agora!!!
Bjs